O ex-presidente Jair Bolsonaro pode enfrentar inelegibilidade até 2060, conforme decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionada à Trama Golpista. A condenação resultou em uma pena de 27 anos e três meses de prisão em regime fechado, o que impede sua participação em eleições por um longo período, de acordo com a Lei da Ficha Limpa. Antes dessa decisão, Bolsonaro já estava inelegível até 2030 devido a uma condenação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e econômico.
A nova condenação não apenas estende o prazo de inelegibilidade do ex-presidente, mas também destaca a gravidade das acusações que pesam sobre ele, incluindo a liderança de uma organização criminosa com o objetivo de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Além de Bolsonaro, outros sete réus, incluindo ex-ministros e militares, também foram condenados, com penas variando de 2 a 26 anos de prisão. A decisão foi baseada no voto do relator Alexandre de Moraes e reforça a seriedade das ações que levaram ao julgamento.
Com a pena imposta, a possibilidade de Bolsonaro retornar à cena política se torna cada vez mais distante. A Constituição prevê a suspensão dos direitos políticos em casos de condenação criminal com trânsito em julgado, o que significa que sua elegibilidade está comprometida por um longo período. Assim, as implicações legais da condenação não apenas afetam o futuro político de Bolsonaro, mas também refletem um momento crítico na política brasileira.