O ex-presidente Jair Bolsonaro não deverá comparecer presencialmente ao primeiro dia do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tentativa de golpe de Estado, agendado para 2 de setembro de 2025. Até o fechamento desta reportagem, Bolsonaro não havia protocolado pedido para deixar a prisão domiciliar, e sua saúde é motivo de preocupação, conforme comunicado do filho Carlos Bolsonaro, que mencionou crises de soluço e falta de apetite. Outros sete réus também estão envolvidos no caso e acompanharão o julgamento remotamente, com penas que podem chegar a 43 anos de prisão para os condenados.
O julgamento será conduzido pela 1ª Turma do STF e inclui figuras proeminentes como Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, e Almir Garnier, ex-comandante da Marinha. A defesa de alguns réus já solicitou material audiovisual para suas sustentações orais, e o tribunal autorizou o credenciamento de advogados e congressistas para assistir ao processo. A senadora Damares Alves e o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, visitaram Bolsonaro antes do julgamento, demonstrando apoio em meio à polarização política no país.
As implicações deste julgamento são significativas, pois trata-se de um caso emblemático que pode afetar a estabilidade política no Brasil. A condenação de Bolsonaro e dos outros réus pode intensificar as divisões políticas existentes e gerar reações tanto entre apoiadores quanto opositores do ex-presidente. O STF busca garantir a ordem durante o processo, limitando a movimentação no local e controlando o acesso ao plenário.