O ex-presidente Jair Bolsonaro não estará presente no julgamento que se inicia nesta terça-feira, 1º de setembro, no Supremo Tribunal Federal (STF), onde é acusado de participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado. Segundo sua defesa, ele acompanhará a sessão de casa, onde cumpre prisão domiciliar. A decisão foi confirmada pelo advogado do ex-mandatário, que recebeu visitas do presidente da Câmara, Arthur Lira, e da senadora Damares Alves, que afirmou que Bolsonaro está “calmo e confiante” apesar de problemas de saúde persistentes.
O julgamento não apenas envolve Bolsonaro, mas também outros sete réus e deve ter novidades na defesa, com autorização do ministro Alexandre de Moraes para o uso de slides durante as sustentações orais. A maioria dos acusados deverá acompanhar o processo remotamente. O ministro da Defesa, José Múcio, assegurou que as Forças Armadas respeitarão o veredito da Justiça e que os militares envolvidos serão responsabilizados individualmente, preservando a imagem institucional da corporação.
As implicações desse julgamento são amplas, com o Planalto esperando que o processo fortaleça a narrativa em defesa da democracia e da soberania nacional. O Partido dos Trabalhadores (PT) já planeja manifestações em 26 cidades no próximo 7 de setembro, destacando a importância do debate sobre a democracia, tradicionalmente dominado pela oposição em anos anteriores. O desfecho deste caso poderá influenciar significativamente o cenário político brasileiro nos próximos meses.