Médicos, familiares e advogados estão aconselhando o ex-presidente Jair Bolsonaro a não comparecer ao julgamento que se inicia nesta terça-feira no Supremo Tribunal Federal (STF), onde ele é acusado de tentativa de golpe de Estado. A principal justificativa para essa orientação é sua saúde debilitada, levando seu entorno a sugerir que ele assista às sessões remotamente, já que está em prisão domiciliar desde agosto. No entanto, a decisão final cabe a Bolsonaro, que pode optar por ir ao STF como uma demonstração de força para seus apoiadores.
Nos últimos dias, aliados relataram que Bolsonaro enfrentou novas crises de soluços e vômitos devido a uma esofagite. O secretário-geral do PL, senador Rogério Marinho, afirmou que não se inscreverá para representar o ex-presidente na sessão que pode definir seu futuro político. Além disso, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, planeja solicitar a anistia para os envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro, uma proposta que enfrenta resistência entre partidos centristas e de esquerda.
O julgamento envolve não apenas Bolsonaro, mas também outros réus acusados de crimes graves relacionados à tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. O STF intensificou suas medidas de segurança em resposta ao julgamento, especialmente com a proximidade do feriado de 7 de setembro, data que carrega um histórico de tensões em Brasília. As ações visam monitorar riscos e adaptar estratégias conforme necessário, refletindo a preocupação com possíveis manifestações durante o processo judicial.