O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes de organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, entre outros, com penas que superam 20 anos de prisão. A decisão, tomada por 4 votos a 1, não resulta em prisão imediata, pois Bolsonaro e os demais réus têm o direito de recorrer. Enquanto isso, o ex-presidente cumpre prisão domiciliar em decorrência de outro processo, que investiga sua colaboração com o governo dos Estados Unidos para retaliar autoridades brasileiras.
No âmbito desse segundo processo, Bolsonaro é acusado de enviar recursos via Pix para financiar a estadia de seu filho, Eduardo Bolsonaro, nos EUA. Eduardo, que pediu licença do mandato parlamentar sob alegação de perseguição política, está sendo investigado por sua atuação junto ao governo Trump. A Polícia Federal indiciou ambos pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
As condenações e investigações geram repercussões significativas nas relações entre Brasil e Estados Unidos, especialmente após o governo americano impor sanções contra autoridades brasileiras. A situação levanta preocupações sobre a liberdade de expressão e as ações do STF, com Trump e seus aliados alegando que Bolsonaro é alvo de uma “caça às bruxas”. O desdobramento desses casos pode impactar tanto a política interna quanto as relações diplomáticas do Brasil.