Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, entrou para a história ao ser condenado a 27 anos e três meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 11 de setembro de 2023. Ele se tornou o primeiro presidente da República a ser preso por tentar dar um golpe de Estado, enfrentando acusações graves que incluem organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Essa condenação ocorre em um momento crítico para o PL, partido que Bolsonaro liderou, que agora se vê diante da possibilidade de implosão sem sua figura central.
A ausência de Bolsonaro no comando do PL levanta preocupações sobre o futuro do partido, que pode seguir dois caminhos: uma autofagia interna, com disputas entre lideranças em busca de se posicionar como o novo líder bolsonarista, ou um reordenamento que busque recuperar alianças e articulações menos radicais. A situação é comparável à vivida pelo PT durante a prisão de Lula, quando ele continuou a influenciar decisões políticas mesmo do cárcere. Contudo, a fidelidade dos aliados bolsonaristas pode ser menos intensa, dado o distanciamento crescente.
Além disso, a dinâmica regional também se altera, especialmente em Goiás, onde lideranças locais podem ganhar mais poder sem a presença de Bolsonaro. O senador Wilder Morais e o deputado federal Gustavo Gayer poderão articular com mais liberdade, mas sempre sob a sombra da influência do ex-presidente. O futuro do PL é incerto e a capacidade de Bolsonaro de controlar a situação de dentro da prisão será um fator crucial para determinar os próximos passos do partido.