O ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados condenados na ação penal da trama golpista podem começar a cumprir suas penas até dezembro deste ano, caso os recursos das defesas sejam rejeitados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na quinta-feira, 11 de setembro, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro e seus aliados a penas que variam entre 16 e 27 anos de prisão em regime fechado, mas a execução das penas não é imediata, pois os réus ainda têm o direito de recorrer da decisão.
Com o fim do julgamento, o STF tem até 60 dias para publicar o acórdão, documento que contém os votos dos ministros. Após a publicação, as defesas terão cinco dias para apresentar embargos de declaração, que geralmente não revertem o resultado do julgamento. A previsão é que esses recursos sejam julgados entre novembro e dezembro; se rejeitados, o STF determinará a execução imediata das penas, sendo que os réus não poderão levar o caso ao plenário devido ao placar de 4 a 1 na votação.
Caso as penas sejam executadas, os condenados não devem ser colocados em celas comuns, podendo cumprir pena em locais especiais, como o presídio da Papuda ou nas instalações do Comando Militar do Planalto. Além disso, Bolsonaro poderá solicitar a prisão domiciliar devido a problemas de saúde decorrentes de um atentado em 2018, mas essa medida dependerá da avaliação do ministro Alexandre de Moraes.