A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que resultou em 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado, alterou o cenário político em relação às punições dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A decisão é vista como um marco para a cúpula do Palácio do Planalto, que agora considera a possibilidade de flexibilizar o discurso sobre a redução das penas, embora mantenha uma postura firme contra anistias ou indultos. A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, celebrou a condenação e indicou que o governo está aberto a discutir ajustes na dosimetria das penas, buscando atender pressões do Congresso e evitar um desgaste prolongado em um ano eleitoral. Contudo, a anistia permanece inegociável, com a Suprema Corte reforçando que crimes contra a ordem constitucional são imprescritíveis.