Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, completa um mês em prisão domiciliar, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, enquanto enfrenta julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado em 2022. O julgamento começou na terça-feira, 2 de setembro, e será retomado na próxima semana, com a ausência dos outros réus. A prisão domiciliar foi imposta em 4 de agosto, após a violação de restrições cautelares, incluindo o uso de redes sociais.
A defesa de Bolsonaro nega qualquer descumprimento das medidas impostas e já solicitou a reconsideração da prisão domiciliar, alegando que o ex-presidente tem colaborado com as investigações. No dia 20 de agosto, novas provas levaram à Polícia Federal a indiciar Bolsonaro e seu filho Eduardo por coação de autoridades. O relatório da PF indica indícios de crimes relacionados à tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Em resposta à determinação de Moraes, o monitoramento da residência de Bolsonaro foi intensificado, com vistorias em veículos e vigilância presencial. Além disso, o ex-presidente passou por exames médicos que revelaram infecções pulmonares e gastrite. Durante o mês, ele recebeu visitas autorizadas de familiares e políticos aliados, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas.