Três mortes foram registradas na Grande São Paulo devido ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, uma substância altamente tóxica. Os sintomas iniciais da intoxicação incluem visão turva, confusão mental, dores abdominais, náuseas e vômitos, que podem aparecer entre 10 e 48 horas após a ingestão. A médica intensivista Patrícia Mello alerta para a importância do diagnóstico rápido e do atendimento hospitalar imediato para evitar alta mortalidade.
O metanol é metabolizado pelo fígado em ácido fórmico, que provoca acidose metabólica severa e danos a órgãos vitais, como rins e nervo óptico, podendo levar à cegueira e falência múltipla. O tratamento hospitalar envolve exames específicos para confirmar a intoxicação, hemodiálise para filtrar o sangue e administração de etanol, que atua como antídoto ao competir com o metabolismo do metanol.
Especialistas reforçam que não há tratamento caseiro eficaz e que o socorro urgente é fundamental para reduzir as chances de morte, que podem superar 50% sem intervenção adequada. O caso evidencia a necessidade de fiscalização rigorosa contra a venda de bebidas adulteradas e alerta a população sobre os riscos do consumo dessas substâncias.