O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, declarou nesta segunda-feira (8) que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus da trama golpista é centrado em provas e não em disputas políticas. Barroso fez uma analogia com o período da ditadura militar, ressaltando que naquela época não havia devido processo legal nem transparência nos julgamentos. “Hoje, tudo tem sido feito à luz do dia. O julgamento é um reflexo da realidade”, afirmou.
O ministro destacou que o STF atua com base na Constituição e que não se pronunciará sobre o caso até o exame completo das acusações e defesas. Ele enfatizou que o processo penal deve ser guiado por evidências, afastando qualquer conotação política ou ideológica. O julgamento será retomado nesta terça-feira (9), quando os ministros da Primeira Turma decidirão sobre as condenações ou absolvições dos acusados.
As sessões de julgamento estão programadas também para quarta (10), quinta (11) e sexta (12), e tanto a absolvição quanto a condenação podem levar à apresentação de recursos dentro do próprio STF. A expectativa é alta em relação ao desfecho deste caso emblemático, que pode ter repercussões significativas no cenário político brasileiro.