O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (8) que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não é uma disputa política ou ideológica, mas sim uma avaliação das provas apresentadas. A declaração ocorreu em resposta às manifestações realizadas no domingo (7) em favor da anistia ao ex-presidente e seus aliados. Barroso ressaltou que o julgamento da denúncia sobre a tentativa de golpe de Estado está sendo conduzido de forma transparente e à luz do dia.
Em suas declarações, Barroso destacou que o processo penal deve ser baseado em provas e não em disputas políticas. Ele também mencionou sua experiência pessoal durante a ditadura, afirmando que o julgamento atual é um reflexo da realidade e que a transparência é fundamental. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, criticou a condução do julgamento e fez um apelo para que não se aceite a “ditadura de um poder sobre o outro”.
O julgamento de Bolsonaro pela 1ª Turma do STF envolve também outros sete réus e pode se estender até 12 de setembro. Com a presença de cerca de 48.800 pessoas nas manifestações em São Paulo, o ato contou com a participação de figuras como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia. A defesa de Bolsonaro é composta por nove advogados, com destaque para Celso Villardi, Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser.