O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, declarou nesta sexta-feira (26) que a Corte não descarta uma reação às sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos a alguns de seus integrantes. Em resposta a questionamentos sobre a recepção das sanções pelos ministros, Barroso afirmou que aguardará o fim do julgamento relacionado à trama golpista ocorrida durante o governo de Jair Bolsonaro para avaliar o caso. Até o momento, seis ministros do STF foram alvo das sanções, que incluem a suspensão de vistos e a aplicação da Lei Magnitsky.
Barroso também abordou a polarização política no Brasil, ressaltando a importância da pacificação nacional. Ele comentou que aqueles que temem ser presos pela trama golpista estão mais interessados em conflito do que em harmonia. Na próxima segunda-feira (29), os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes tomarão posse como presidente e vice-presidente do STF, respectivamente, enquanto Barroso encerrará seu mandato de dois anos à frente da Corte.
As declarações de Barroso ocorrem em um momento delicado para o STF, que enfrenta pressões externas e internas. A possibilidade de uma resposta judicial ou política às sanções dos EUA pode ter implicações significativas nas relações entre Brasil e Estados Unidos, além de influenciar o clima político interno. A Corte se prepara para novos julgamentos importantes até o final do ano, enquanto busca manter sua integridade e independência diante das adversidades.