O Banco Central do Brasil decidiu rejeitar a proposta de aquisição do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB) na noite de quarta-feira, 3 de setembro de 2025. A proposta estava sob análise desde março e era a última etapa regulatória necessária para que a operação avançasse. O BRB informou aos investidores sobre o indeferimento em um comunicado, enquanto o BC ainda não se pronunciou oficialmente sobre os motivos da decisão.
A compra, que previa a aquisição de 49% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais do Banco Master, foi considerada uma oportunidade estratégica para o BRB ampliar sua presença no mercado financeiro. No entanto, o negócio gerou polêmica devido à política agressiva de captação de recursos do Banco Master, que oferece rendimentos superiores às taxas médias do setor. A falta de transparência financeira e a recente tentativa frustrada de emissão de títulos em dólares aumentaram as dúvidas sobre a viabilidade da instituição.
Com o veto do Banco Central, o futuro do BRB e do Banco Master se torna incerto. O BRB já havia visto suas ações valorizarem cerca de 23% na Bolsa desde o anúncio da intenção de compra, mas agora enfrenta um cenário desafiador. A situação financeira do Banco Master continua sob escrutínio, especialmente após a oferta simbólica do BTG Pactual para assumir seu controle, evidenciando a fragilidade da instituição no atual contexto econômico.