O Banco Central (BC) decidiu adiar o lançamento do Pix parcelado, inicialmente previsto para setembro de 2025, em resposta a recentes ataques hackers que afetaram empresas intermediárias do sistema financeiro. A iniciativa busca aprimorar a segurança da plataforma e padronizar as ofertas de crédito vinculadas ao Pix. O regulamento deve ser divulgado em outubro, enquanto o manual de experiência ficará disponível apenas em dezembro.
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) avaliou que o adiamento é acertado, pois permite aprofundar o debate sobre os riscos da nova funcionalidade, especialmente no que tange ao superendividamento dos consumidores. A entidade alerta para a necessidade de regras claras, contratos padronizados e avaliação responsável da capacidade de pagamento, ressaltando que, mesmo sem regulamentação formal, ofertas de crédito atreladas ao Pix já circulam no mercado.
Além do adiamento, o BC publicou resoluções para reforçar a segurança do sistema, limitando valores de TEDs e Pix realizados por instituições não autorizadas e exigindo capital mínimo para prestadores de serviços de tecnologia. Novas penalidades foram estabelecidas para participantes que não cumprirem requisitos financeiros e operacionais. Essas medidas visam proteger o sistema financeiro e os consumidores diante da crescente atuação do crime organizado. A obrigatoriedade do Pix Automático para pessoas jurídicas também foi definida, com início em outubro de 2025.