O Banco Central do Brasil adiou o lançamento do Pix parcelado, que estava programado para setembro de 2025, devido a preocupações com fraudes milionárias. A nova funcionalidade ainda passará por mais etapas de regulamentação antes de ser oferecida ao público. Segundo informou o jornal O Globo nesta sexta-feira (26.set.2025), o atraso deve ser de cerca de três meses, com o cronograma revisado prevendo que as regras do Pix parcelado fiquem prontas em outubro e os procedimentos operacionais sejam apresentados em dezembro.
Além da questão das fraudes, um desafio importante para o Banco Central envolve o endividamento dos brasileiros. O risco é que a nova modalidade confunda consumidores, que podem pensar estar fazendo uma transferência parcelada quando, na verdade, estão contraindo um empréstimo com juros. O Banco Central busca estabelecer regras claras sobre transparência nas taxas e consequências em caso de inadimplência, visando proteger os usuários e garantir uma experiência segura.
Atualmente, bancos e fintechs já oferecem versões independentes do Pix parcelado, com taxas que variam entre 1,59% e 9,99% ao mês, dependendo do perfil do cliente. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou que o Pix parcelado beneficiará especialmente as 60 milhões de pessoas sem cartão de crédito, oferecendo uma alternativa mais competitiva para pagamentos de valores elevados.