Bahia investe em pesquisa para fortalecer mineração sustentável e inovadora

Camila Pires
Tempo: 2 min.

A Bahia tem se destacado no cenário nacional da mineração ao investir fortemente em pesquisas que promovem uma exploração sustentável e inclusiva dos recursos minerais. O estado é líder no Nordeste e ocupa a terceira posição entre os maiores produtores minerais do Brasil. Em Itagibá, no sudoeste baiano, está localizada a única mina de níquel sulfetado a céu aberto da América Latina, operada pela Atlantic Nickel. O níquel extraído é utilizado na fabricação de baterias elétricas, na agricultura para aumentar a produtividade e reduzir doenças nas plantações.

Além disso, Maracás abriga a única mina de vanádio da América Latina, um metal fundamental para indústrias de aço especial, energia renovável e transporte de alta velocidade. A produção local representa cerca de 8% da demanda mundial desse elemento. Em Caetité, também no sudoeste do estado, encontra-se a principal produção brasileira de urânio, usado como combustível em usinas nucleares e reatores marítimos. Esses recursos estratégicos colocam a Bahia em posição de destaque na América Latina.

O sucesso do setor mineral baiano está diretamente ligado ao investimento contínuo em pesquisa pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), que atua em parceria com a Universidade Federal da Bahia (Ufba) e o Serviço Geológico do Brasil. Projetos como o Ferro Verde, para descarbonização da siderurgia, o Irecê, para produção regional de fertilizantes fosfatados, e o Brasil Transparente, para fabricação de vidro solar, evidenciam o compromisso com inovação e sustentabilidade. A mineração baiana busca superar seu passado marcado por impactos negativos, adotando práticas responsáveis que promovem desenvolvimento econômico aliado à preservação ambiental e inclusão social.

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