Um grupo de atletas profissionais, incluindo jogadores de futebol, críquete e boxe, publicou um manifesto solicitando a exclusão de Israel das competições europeias devido à guerra na Faixa de Gaza, que um relatório da ONU classificou como genocídio. Entre os signatários estão o francês Paul Pogba, os marroquinos Hakim Ziyech e Anwar El Ghazi, além de outros atletas do futebol inglês e do clube chileno Palestino. O manifesto, divulgado pela organização Athletes 4 Peace, afirma que o esporte não pode permanecer em silêncio diante da morte indiscriminada de civis, incluindo crianças, e apela para que a Uefa suspenda imediatamente Israel até que o país respeite o direito internacional.
A Uefa já formou maioria entre as federações nacionais para suspender Israel das competições europeias, o que impactaria a participação da seleção israelense nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 e a presença dos clubes israelenses na Champions League, Liga Europa e Conference League. No entanto, a Fifa enfrenta pressão dos Estados Unidos, alinhados ao governo de Donald Trump, para impedir a exclusão do país asiático. Um porta-voz americano declarou à BBC que o governo dos EUA trabalhará para evitar qualquer tentativa de banir Israel da Copa do Mundo.
O manifesto ressalta que a questão transcende política e trata-se de justiça e humanidade, condenando o uso do esporte para “lavar” ações ilegais e desumanas. A mobilização dos atletas pode intensificar o debate internacional sobre o papel das entidades esportivas diante de conflitos geopolíticos e violações dos direitos humanos, com possíveis impactos no calendário esportivo global e nas relações diplomáticas envolvendo o esporte.