Em uma ação sem precedentes, Israel lançou um ataque contra o Catar, na terça-feira, 9, visando membros do Hamas que se reuniam em Doha para discutir uma proposta de cessar-fogo em Gaza. Segundo o Exército israelense, a operação tinha como objetivo eliminar líderes do grupo, mas não resultou em mortes. A ofensiva levanta preocupações sobre a relação entre Tel Aviv e Washington, especialmente em um momento em que os Estados Unidos buscam mediar a paz na região.
O Catar é um importante aliado dos EUA no Oriente Médio, abrigando a maior base militar americana na região, com cerca de 10 mil soldados. O ataque israelense ocorre em um contexto de crescente tensão, onde a credibilidade dos Estados Unidos pode ser severamente comprometida. Autoridades israelenses afirmaram que a operação foi independente, mas há indícios de que Washington teria dado sua aprovação, o que poderia agravar ainda mais a situação.
As repercussões do ataque são significativas, pois podem prejudicar as negociações de cessar-fogo em Gaza. Enquanto o Hamas discutia uma nova proposta de trégua apresentada por Trump, a ofensiva israelense representa uma escalada no conflito e uma possível manobra arriscada para o presidente americano. Especialistas alertam que essa ação pode dificultar os esforços para estabilizar a região e restaurar a confiança entre os países árabes e Israel.