Giorgio Armani, o icônico estilista italiano, faleceu em 4 de setembro de 2025, aos 91 anos. Em seu testamento, aberto em 12 de setembro, ele nomeou três compradores preferenciais para uma fatia de 15% da Giorgio Armani SpA, com a venda prevista para ocorrer entre 12 e 18 meses após a leitura do documento. Além disso, o testamento permite que o novo acionista compre entre 30% e 54,9% adicionais da companhia nos próximos três a cinco anos.
A mudança na estratégia de venda é notável, uma vez que Armani havia rejeitado propostas anteriores, incluindo ofertas da família Agnelli em 2021 e da Gucci. A administração do grupo ficará sob a responsabilidade da Fundação Armani, com Leo Dell’Orco, braço direito do estilista, e seus sobrinhos Silvana Armani e Andrea Camerana à frente. A governança garante que Dell’Orco terá 40% dos direitos de voto, enquanto cada sobrinho terá 15% e a fundação detém 30%.
Com sede em Milão, a Giorgio Armani SpA registrou receita de 2,3 bilhões de euros em 2024. Entre os potenciais compradores estão gigantes do setor como LVMH, EssilorLuxottica e L’Oréal. Caso a venda não se concretize no prazo estipulado, o testamento prevê a abertura de capital da empresa, mantendo a fundação com 30,1% das ações. A gestão deverá seguir os princípios de ética e qualidade estabelecidos por Armani.