O voto do ministro Luiz Fux a favor da absolvição de Jair Bolsonaro no julgamento da trama golpista foi recebido como um alívio pelo bolsonarismo. No entanto, essa esperança tem prazo de validade, pois Fux será o primeiro ministro do Supremo Tribunal Federal a se aposentar em 2028, colocando em risco o suporte que o presidente vinha recebendo. A aposentadoria de Fux levanta preocupações sobre o futuro dos processos envolvendo o governo Bolsonaro no STF, forçando o bolsonarismo a buscar novas estratégias para garantir decisões favoráveis no âmbito judicial.
A oposição já está se articulando e aposta no ministro Tarcísio Vieira de Carvalho Neto como possível indicado para ocupar a vaga deixada por Fux. O cenário pós-2028 no STF traz incertezas para o governo Bolsonaro, que contava com o voto de Fux em questões cruciais para sua continuidade no poder. Com a perspectiva de uma nova composição na Corte, o bolsonarismo poderá enfrentar magistrados menos favoráveis às suas pautas, impactando diretamente nas decisões futuras e na relação entre Bolsonaro e Fux, que frequentemente adotou posições contrárias às políticas do presidente.
A saída de Fux em 2028 representa um marco significativo na dinâmica política do país e uma mudança na correlação de forças no STF. A indicação de Tarcísio Vieira de Carvalho Neto gera especulações sobre os rumos que a Corte pode tomar. Caso a oposição consiga emplacar seu nome, isso poderá significar uma guinada na postura da Corte em relação ao governo Bolsonaro, trazendo novos desafios para o presidente e sua base aliada. Assim, a política brasileira se vê diante de um cenário de transição que pode impactar o equilíbrio de poder no país.