A Agência Nacional do Petróleo (ANP) decidiu interditar a refinaria Refit, situada no Rio de Janeiro, por não haver comprovações de que a empresa efetivamente realize o refino de combustíveis. A investigação levanta suspeitas de que a Refit estaria importando gasolina já refinada, apresentando-a como nafta para se beneficiar de uma carga tributária mais leve. Esta ação faz parte da segunda fase das operações Cadeia de Carbono e Carbono Oculto, que investigam como organizações criminosas, como o PCC, utilizam postos de gasolina e instituições financeiras para lavar dinheiro.
Em resposta à interdição, a Refit declarou que nunca atuou como uma empresa de fachada para atividades ilegais e ressaltou seu histórico de operações legítimas no mercado. A empresa também afirmou que não medirá esforços para reverter a decisão da ANP, que representa um golpe significativo em suas atividades comerciais. A situação ocorre em um momento em que a Receita Federal também intensifica suas ações contra fraudes na importação de combustíveis, retendo grandes quantidades de produtos suspeitos.
As implicações dessa interdição são profundas, não apenas para a Refit, mas para o setor de combustíveis como um todo, que enfrenta crescente escrutínio regulatório. A continuidade das investigações pode revelar mais irregularidades e impactar a confiança do consumidor e dos investidores na indústria. Além disso, a ação da ANP destaca a necessidade urgente de transparência e conformidade no setor, especialmente em tempos em que o combate à corrupção é uma prioridade nacional.