O projeto que anistia os envolvidos nos eventos de 8 de Janeiro voltou à pauta da Câmara dos Deputados, após o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), intensificar suas articulações em Brasília. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou que o clima para a proposta avançar melhorou entre os líderes partidários, destacando uma nova disposição por parte da direita e do Centrão. Segundo ele, essa mudança se deve em grande parte à presença do governador na capital federal.
Lindbergh expressou preocupação com a discussão sobre a anistia, considerando-a um grave erro. Ele mencionou que a oposição planeja pautar o projeto após o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal. Embora ainda não exista um texto finalizado, a proposta já conta com o apoio de partidos como PL, PP, União Brasil e Republicanos, que juntos somam 292 deputados, garantindo a maioria necessária para sua aprovação.
A articulação de Tarcísio de Freitas é vista como estratégica, especialmente considerando sua posição como um dos principais nomes para suceder Bolsonaro, que se encontra inelegível. O governador já declarou que, caso eleito presidente, seu primeiro ato seria conceder um indulto ao ex-presidente. A situação política em Brasília continua em evolução, com desdobramentos que podem impactar significativamente o cenário eleitoral e legislativo do país.