O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin, contestou sua condenação a 16 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 13 de setembro de 2025, por suposta participação na tentativa de golpe de Estado. Em um pronunciamento nas redes sociais, Ramagem afirmou que a decisão se baseou em uma delação premiada do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, que não o menciona. Ele criticou a condenação, alegando que não há provas concretas contra ele e que está sendo alvo de uma perseguição política.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, fundamentou a decisão afirmando que Ramagem utilizou a Abin como uma central paralela de contrainteligência em benefício de uma organização criminosa. Moraes destacou documentos que teriam sido preparados por Ramagem e pelo ex-ministro Augusto Heleno, que atacavam o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foram utilizados por Bolsonaro. Ramagem rebateu as acusações, defendendo que as evidências apresentadas são insuficientes e distorcidas.
Com a condenação, Ramagem perderá seu mandato como deputado, já que a pena ultrapassa o limite constitucional de faltas permitidas. Além disso, ele será destituído do cargo na Polícia Federal. A situação levanta questões sobre a politicização do sistema judiciário e os limites da atuação das instituições no Brasil, especialmente em um contexto marcado por tensões políticas.