Na manhã de terça-feira (2), o ministro Alexandre de Moraes leu o relatório final da ação penal que investiga uma tentativa de golpe de Estado com o objetivo de manter Jair Bolsonaro no poder após sua derrota nas eleições de 2022. O julgamento, que começou hoje e deve se estender até 12 de setembro, envolve Bolsonaro e mais sete ex-assessores, sendo que a sentença final determinará a condenação ou absolvição dos réus.
Durante a leitura, Moraes apresentou um resumo cronológico da tramitação da ação penal, desde a fase de inquérito até o momento atual. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, destacou que a acusação aponta reuniões no Palácio do Alvorada onde os réus discutiram um plano golpista, incluindo a criação de um regime de exceção e ações violentas contra adversários políticos.
As defesas dos réus contestam as acusações, argumentando que não houve ciência sobre qualquer plano golpista e criticando a falta de provas concretas. Além disso, os advogados questionam a condução do processo por Moraes, alegando que a rapidez da tramitação prejudicou a análise das evidências. O desdobramento deste julgamento poderá ter implicações significativas para o futuro político do Brasil e para a democracia no país.