O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou nesta segunda-feira (29) que as negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos estão progredindo, com destaque para a eliminação de tarifas americanas sobre celulose e ferro-níquel. Segundo ele, essa medida beneficia o Brasil em cerca de US$ 1,7 bilhão, representando 4% das exportações brasileiras para os EUA no ano passado. Além disso, produtos estratégicos como aviões da Embraer foram retirados do tarifaço imposto pelos EUA.
Alckmin ressaltou que a relação comercial entre os dois países não é problemática para os americanos, que possuem superávit apenas com três países do G20, incluindo o Brasil. Ele enfatizou a importância do setor privado e das câmaras comerciais no avanço das negociações bilaterais. Sobre um possível encontro entre os presidentes Lula e Trump, anunciado pelo americano na ONU, Alckmin afirmou que ainda não há detalhes definidos, mas destacou que a abertura do diálogo pode fortalecer significativamente as relações entre as duas nações.
No âmbito doméstico, o vice-presidente comentou sobre o impacto da taxa Selic elevada, atualmente em 15%, que encarece o crédito e prejudica o crescimento econômico. Ele demonstrou otimismo quanto à redução dos juros, especialmente diante da queda do dólar e da inflação dos alimentos. Alckmin também abordou a reforma tributária em tramitação, que prevê isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, buscando justiça fiscal sem aumentar o déficit público. Por fim, destacou o potencial de crescimento do Brasil baseado em seus recursos naturais estratégicos, agricultura competitiva e mercado interno robusto.