Air France e Airbus enfrentam um novo julgamento na França a partir de segunda-feira (29) em relação ao acidente do voo AF447, que caiu no Oceano Atlântico em 1º de junho de 2009, matando 228 pessoas. As empresas foram inicialmente absolvidas de homicídio culposo em abril de 2023, mas a Procuradoria-Geral recorreu da decisão, buscando reverter o veredicto. O tribunal correcional de Paris reconheceu a responsabilidade civil das empresas, mas não conseguiu estabelecer um vínculo causal definitivo com o acidente.
O voo AF447, que operava entre o Rio de Janeiro e Paris, contava com passageiros de 33 nacionalidades, incluindo brasileiros e franceses. Após a queda, alguns corpos e destroços foram recuperados, mas a fuselagem da aeronave só foi localizada dois anos depois, a uma profundidade de 3.900 metros. O julgamento atual deve incluir audiências com testemunhas e peritos, além do interrogatório dos representantes da Airbus e da Air France, previsto para começar em 27 de outubro.
As implicações deste julgamento são significativas para as famílias das vítimas que buscam justiça e responsabilização pelas falhas que levaram à tragédia. O caso destaca questões sobre segurança aérea e a responsabilidade das empresas envolvidas em acidentes desse tipo. A expectativa é que o tribunal leve em consideração as evidências apresentadas e as experiências das famílias afetadas ao longo deste processo judicial.