Em Paris, nesta segunda-feira (29), teve início o processo de apelação envolvendo a Airbus e a Air France sobre o acidente do voo A330 que ligava Rio de Janeiro a Paris em 2009, no qual 228 pessoas perderam a vida. As duas empresas reafirmaram sua inocência, rejeitando qualquer responsabilidade criminal pelo desastre ocorrido há 16 anos. A nova fase judicial acontece dois anos após a absolvição das companhias em primeira instância.
O acidente foi provocado por uma combinação de falhas nas sondas de velocidade da aeronave e erros na aplicação dos protocolos pelos pilotos. Entre as vítimas estavam passageiros de 33 nacionalidades, com predominância de franceses, brasileiros e alemães. Familiares das vítimas expressaram indignação diante da postura dos CEOs da Air France e da Airbus, que limitaram suas declarações a condolências sem admitir culpa. Representantes das vítimas acusam as empresas de negligência na manutenção dos equipamentos e no treinamento dos pilotos.
O julgamento, previsto para se estender até o final de novembro, pode trazer desdobramentos importantes para a indústria aérea e as normas de segurança. Enquanto as famílias aguardam uma decisão que responsabilize os envolvidos, as companhias mantêm sua defesa baseada na ausência de vínculo direto entre suas ações e o acidente. A Justiça busca esclarecer os fatos para determinar se houve falhas que justifiquem condenações.