O agronegócio brasileiro movimentou R$ 8 trilhões em 2024, registrando um crescimento de 4% em relação a 2023, conforme análise do economista Fábio D’Aquila, do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). Apesar de ser um dos pilares do PIB nacional, cuja participação caiu de 32% para 24,2%, o setor enfrenta desafios significativos, como margens de lucro comprimidas e gargalos logísticos que comprometem sua competitividade.
D’Aquila destacou que as margens estão sob pressão devido ao aumento dos custos dos insumos e à concorrência internacional. Embora o estudo não tenha foco internacional, a relação comercial com a China se mostrou relevante, especialmente nas cadeias produtivas de café e soja. O economista também apontou que a evolução tecnológica e a formalização no setor são sinais de modernização, com o agronegócio se consolidando como uma agroindústria mais estruturada.
As projeções para 2025 são otimistas, com um crescimento potencial de até 29,4%, o maior em 22 anos. No entanto, D’Aquila alertou sobre os riscos das tarifas impostas pelos Estados Unidos e a necessidade de diversificar os mercados para garantir a resiliência do setor. Superar os gargalos logísticos e reduzir a dependência de um único mercado são essenciais para liberar a capacidade ociosa no campo e sustentar o crescimento do agronegócio brasileiro.

