Um número crescente de africanos, incluindo quenianos, ugandenses e etíopes, está sendo traficado para Mianmar, onde são forçados a trabalhar em centros de fraudes online. Duncan Okindo, um queniano de 26 anos, chegou a Bangkok em dezembro passado, acreditando que começaria um emprego como agente de atendimento ao cliente. Após vender seu gado e contrair dívidas para pagar uma agência de recrutamento, ele logo percebeu que havia algo errado.
As condições enfrentadas por esses trabalhadores são alarmantes, com relatos de espancamentos e torturas quando não conseguem atingir as metas impostas pelos golpistas. A situação é uma manifestação do crescimento do tráfico humano na região, com estimativas indicando que até 100 mil pessoas podem estar presas nessas operações criminosas em Mianmar.
Esse cenário levanta sérias preocupações sobre a segurança dos trabalhadores migrantes e a necessidade urgente de medidas internacionais para combater o tráfico humano. A exploração desenfreada no mercado de trabalho global exige uma resposta coordenada das autoridades e organizações internacionais para proteger os mais vulneráveis.