Nos últimos dois anos, a Aeronáutica brasileira registrou 95 avistamentos de drones em áreas próximas a aeroportos, representando alto risco de colisão com aeronaves comerciais e de pequeno porte. Os incidentes foram reportados em aeródromos estratégicos nas cidades de São Paulo (Campos de Marte, Congonhas, Guarulhos e Viracopos), Rio de Janeiro (Jacarepaguá, Santos Dumont e Galeão), Belo Horizonte (Confins e Pampulha), Goiânia e Brasília. Esses episódios provocaram desvios e cancelamentos de voos, gerando prejuízos para companhias aéreas e passageiros.
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) é responsável pela fiscalização da navegação aérea, enquanto as autoridades policiais, como a Polícia Federal e as polícias civis locais, investigam a operação irregular dos drones. Apesar das investigações, até o momento não há relatos sobre a identificação ou autuação dos proprietários dos aparelhos. Um episódio recente em Brasília paralisou as operações do aeroporto por cerca de 30 minutos devido à presença de um drone na rota de pouso.
O aumento desses registros evidencia a necessidade de reforço na fiscalização e regulamentação do uso de drones em áreas sensíveis, visando garantir a segurança da aviação civil. As autoridades buscam intensificar o monitoramento para evitar riscos maiores e proteger passageiros, além de minimizar prejuízos operacionais às companhias aéreas.