Aécio Neves, Michel Temer e João Paulo Cunha voltam à cena política como negociadores em um projeto de anistia que tem sido pauta da oposição desde o início do ano. O deputado Paulinho da Força, relator do projeto no Congresso, recorreu a esses políticos experientes para ajudar a elaborar uma proposta que visa reduzir penas de condenados, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. A primeira ação do trio foi renomear o projeto de PL da Anistia para PL da Dosimetria, buscando um tom mais moderado que possa ser aceito pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
As conversas entre os três políticos refletem uma tentativa de romper resistências dentro do Congresso. Aécio Neves se posiciona como um mediador não alinhado a nenhum dos lados extremos da política atual, enquanto Temer busca construir uma proposta que possa ser aceita pelo STF. João Paulo Cunha, por sua vez, traz sua experiência como advogado e ex-parlamentar para discutir alternativas jurídicas com outros congressistas, apesar de sua condenação anterior no mensalão.
Entretanto, a votação do projeto ainda é incerta. Após a derrubada da PEC da Blindagem no Senado, líderes do Centrão expressam a necessidade de cautela e um acordo que envolva senadores antes de avançar. Paulinho da Força critica a falta de engajamento de aliados e menciona a ausência do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, nas negociações, o que pode impactar o futuro da proposta de anistia.