A advogada Joana Costa Prado de Oliveira foi suspensa preventivamente pelo Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-RJ na quinta-feira (25), por suspeita de apropriação indevida de valores do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de jogadores e técnicos de futebol. A suspensão tem validade inicial de 90 dias, período em que Joana Prado está proibida de exercer a advocacia.
A Polícia Federal investiga dois inquéritos que apuram golpes nas contas do treinador Oswaldo de Oliveira, que afirma ter perdido R$ 3,1 milhões, e do zagueiro Christian Chagas Tarouco, o Titi, atualmente no Goiás. Além deles, a advogada é investigada por supostas apropriações envolvendo outros atletas como Juninho (ex-Botafogo), Paolo Guerrero (ex-Corinthians, Flamengo e Internacional), Cueva (ex-São Paulo e Santos), João Rojas (ex-São Paulo) e Ramires (ex-Cruzeiro, Chelsea e Seleção Brasileira).
O Tribunal de Ética da OAB-RJ justificou a suspensão com base em três pontos principais: locupletar-se à custa dos clientes, recusar-se a prestar contas e manter conduta incompatível com a advocacia. A defesa da advogada declarou surpresa com as informações divulgadas e informou que já recorreu da decisão, alegando afronta ao devido processo legal. O caso segue sob investigação, com possíveis desdobramentos judiciais e disciplinares que podem afetar o meio jurídico e esportivo no Rio de Janeiro.