Um acidente trágico no Elevador da Glória, em Lisboa, resultou na morte de pelo menos 16 pessoas, expondo as falhas na segurança da infraestrutura histórica da capital portuguesa. O descarrilamento do funicular, que opera desde 1914, ocorreu quando um vagão saiu dos trilhos e colidiu com um prédio, deixando destroços e corpos presos. Especialistas afirmam que o uso de materiais modernos poderia ter mitigado a gravidade do acidente, enquanto as autoridades iniciam uma investigação sobre as causas do incidente.
A crescente demanda turística em Lisboa, que triplicou o número de passageiros na linha do Elevador da Glória na última década, levanta questões sobre a adequação das estruturas antigas para suportar o aumento do tráfego. Jorge Silva, vice-presidente da associação de especialistas em proteção civil, destacou que a manutenção e inspeção mais rigorosas são essenciais para evitar futuros acidentes. Além disso, a modernização dos vagões é necessária, mas deve ser feita com cautela para preservar a integridade histórica das construções.
Os desafios de modernização em Lisboa são complexos, especialmente em uma cidade com histórico de terremotos. Engenheiros alertam que reformas em edifícios antigos podem comprometer suas estruturas antissísmicas originais. Embora novas construções sejam obrigadas a seguir normas de resistência a sismos, não há exigências semelhantes para os edifícios mais antigos em reforma. A tragédia no Elevador da Glória serve como um alerta sobre a necessidade de equilibrar preservação histórica e segurança pública.