Um grupo de acadêmicos altamente qualificados no Quênia se destaca como ‘escritores fantasma’, produzindo ensaios e dissertações para estudantes do Reino Unido e de outras partes do mundo. Esses ‘shadow scholars’ são contratados por empresas especializadas em redação acadêmica, conhecidas como ‘essay mills’, para criar trabalhos que os alunos apresentam como próprios. Essa indústria secreta, que movimenta bilhões de dólares anualmente, conta com profissionais anônimos que ajudam alunos a obter boas notas ao entregar trabalhos que não são de sua autoria.
O fenômeno dos escritores fantasma no Quênia revela uma complexa rede de educação e economia, onde a demanda por serviços de redação acadêmica cresce à medida que mais estudantes buscam diplomas em instituições de prestígio. Os trabalhadores dessa indústria são frequentemente bem-educados e experientes, mas operam em um ambiente onde a ética acadêmica é desafiada. A prática levanta preocupações sobre a qualidade da educação e a validade dos diplomas obtidos por meio desse método.
O crescimento desse mercado levanta questões sobre a integridade acadêmica e o impacto na educação superior global. À medida que mais estudantes recorrem a esses serviços, instituições educacionais enfrentam o desafio de garantir que seus alunos estejam realmente aprendendo e não apenas passando por um processo de obtenção de graus. Essa situação pode levar a uma reavaliação das políticas educacionais e à necessidade de maior fiscalização na entrega de trabalhos acadêmicos.

