O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), se envolveu em uma controvérsia ao usar a música ‘Que País é Este’, de Renato Russo, durante o lançamento de sua pré-candidatura à Presidência da República. A notificação extrajudicial foi enviada por Giuliano Manfredini, filho do cantor e responsável pelo espólio da banda Legião Urbana, que alegou que a canção foi utilizada sem autorização em um evento político e nas redes sociais do governador.
A notificação, endereçada à sede do partido Novo em Minas Gerais, exige que Zema e sua equipe se abstenham de usar a música em futuras publicações ou eventos. A canção, lançada em 1987, é um dos hinos de crítica social e política no Brasil, abordando temas como corrupção e desigualdade. A polêmica se intensificou quando Zema respondeu à notificação com um vídeo de Renato Russo, onde o cantor expressa valores conservadores, gerando debates sobre a apropriação de obras artísticas em campanhas eleitorais.
As implicações desse episódio podem ser significativas para a imagem de Zema e sua pré-candidatura, especialmente em um cenário político polarizado. O uso não autorizado de uma obra tão emblemática pode gerar repercussões legais e afetar a percepção pública sobre sua campanha. A situação também levanta questões sobre os limites da utilização de músicas e obras artísticas em contextos políticos, refletindo a tensão entre cultura e política no Brasil contemporâneo.