Neste domingo (24), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que uma reunião direta com o líder russo, Vladimir Putin, seria “a forma mais eficaz de avançar” nas negociações de paz, que se encontram em um impasse. A declaração foi feita durante as celebrações do 34º aniversário da independência ucraniana, que também foram marcadas por ataques de drones contra alvos na Rússia. Zelensky reiterou que o formato das conversas entre líderes é o mais produtivo e renovou seu apelo por um encontro com Putin.
Horas antes, o chanceler russo Sergei Lavrov criticou Zelensky por impor condições para um encontro imediato e acusou potências ocidentais de tentarem obstruir as negociações. Em resposta, o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, destacou que a Rússia já havia feito “concessões significativas” em discussões anteriores com o presidente americano, Donald Trump. As cerimônias em Kiev contaram com a presença de representantes dos EUA e do Canadá, reforçando o apoio internacional à Ucrânia.
A guerra, que já dura três anos e meio, resultou em um alto número de vítimas e permanece estagnada, apesar dos recentes avanços russos no leste da Ucrânia. O Exército ucraniano anunciou a retomada de três aldeias em Donetsk e intensificou ataques com drones em território russo. Além disso, a Noruega anunciou um financiamento significativo para fortalecer a defesa aérea da Ucrânia, enquanto as trocas de prisioneiros entre os dois países continuam a ser uma das poucas áreas de cooperação desde o início do conflito.