O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu uma “reação forte” dos Estados Unidos caso o presidente russo, Vladimir Putin, não esteja disposto a participar de uma reunião bilateral. Em entrevista a repórteres em Kiev na quinta-feira (21), Zelensky destacou a falta de clareza sobre quais concessões territoriais Moscou estaria disposto a fazer e considerou desafiador o local proposto para futuras negociações em Budapeste.
A Hungria, que já se ofereceu para sediar negociações de paz entre Rússia e Ucrânia em duas ocasiões, reafirmou sua disposição através do ministro das Relações Exteriores, Peter Szijjarto. Ele comentou sobre o interesse da Casa Branca em Budapeste como possível local para uma reunião trilateral envolvendo os presidentes dos EUA, Donald Trump, Putin e Zelensky. A Rússia, por sua vez, afirmou apoiar o envio de autoridades de alto escalão para as negociações, contradizendo a narrativa da Casa Branca sobre os planos de um encontro bilateral.
As declarações de Zelensky e as reações subsequentes indicam um cenário tenso nas relações entre os países envolvidos e ressaltam a complexidade das negociações de paz. A insistência da Hungria em ser um mediador pode complicar ainda mais as dinâmicas regionais, enquanto a incerteza sobre a disposição de Putin em dialogar continua a ser um obstáculo significativo para a resolução do conflito.