A deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP) passará por uma nova audiência na Justiça da Itália nesta quarta-feira, 27 de agosto, em um processo de extradição relacionado a suas condenações pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Desde 29 de julho, Zambelli está presa na Itália, onde aguarda o desfecho do processo que a condenou a 10 anos de prisão por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além disso, no último dia 22, o STF impôs uma nova pena de 5 anos e 3 meses pela perseguição armada a um apoiador do presidente Lula, ocorrida na véspera do segundo turno das eleições presidenciais de 2022.
A defesa de Zambelli argumenta que não houve crime durante o incidente com o apoiador de Lula, alegando que a deputada tinha autorização para portar a arma e que agiu em legítima defesa devido a ameaças recebidas. No caso da invasão ao CNJ, os advogados sustentaram a falta de provas que comprovassem sua participação ativa nos crimes. A condenação resultou também na perda do mandato parlamentar e em uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos, a ser paga em conjunto com o hacker Walter Delgatti.
As implicações dessas condenações são significativas, não apenas para Zambelli, mas também para o cenário político brasileiro. A decisão do STF e o processo de extradição podem impactar a imagem da parlamentar e suas futuras atividades políticas. Além disso, a situação levanta questões sobre a segurança pública e a legitimidade das ações de figuras políticas em contextos de tensão social e política no Brasil.