Usuários do YouTube Shorts relataram mudanças significativas na aparência de seus vídeos, que agora apresentam um aspecto artificial e excessivamente nítido. Na última quarta-feira, 20 de agosto, a plataforma admitiu estar conduzindo um experimento com aprendizado de máquina, embora tenha negado a utilização de inteligência artificial generativa. Essa alteração não foi comunicada previamente aos criadores de conteúdo, gerando uma onda de críticas sobre a falta de consentimento e a qualidade do material apresentado.
As críticas começaram a ganhar força nas redes sociais, especialmente em uma thread no Reddit, onde usuários compararam vídeos antes e depois do processamento. Um dos criadores, Hank Green, teve seu vídeo analisado e notou que o efeito aplicado fez com que seu cabelo parecesse artificial. Outros usuários corroboraram essa percepção, levantando suspeitas de que o YouTube estaria utilizando algum tipo de upscaling com IA para melhorar a resolução de vídeos de baixa qualidade.
Em resposta à repercussão negativa, o chefe editorial do YouTube, Rene Ritchie, afirmou que o experimento visa melhorar a qualidade dos vídeos, mas muitos consideram essa justificativa insatisfatória. Especialistas apontam que o termo ‘aprendizado de máquina’ é um subcampo da inteligência artificial e pode ser uma tentativa da plataforma de se distanciar das conotações negativas associadas à IA generativa. Até o momento, não há informações se os criadores terão a opção de manter seus vídeos em seu estado original.