A 2ª edição da XP CEO Conference foi realizada no Rio de Janeiro, reunindo mais de 80 companhias e 400 investidores. O encontro foi marcado por um otimismo cauteloso, considerando as tensões comerciais entre Brasil e EUA e seus efeitos nos fluxos de capital. Durante os debates, destacou-se o impacto de uma possível desaceleração econômica no segundo semestre sobre os lucros das empresas, com setores como transporte enfrentando dificuldades, enquanto construtoras de baixa renda mantêm um ritmo forte.
Uma pesquisa da XP revelou que investidores estão reduzindo seu apetite por risco, com uma queda na intenção de ampliar posições em renda variável, apesar de um aumento na alocação em ações. A renda fixa continua sendo a classe de ativos preferida, enquanto há um crescimento na busca por investimentos internacionais. A XP projeta um crescimento de 0,3% no PIB do Brasil para o segundo trimestre, embora a piora nas condições de crédito possa impactar a atividade econômica.
O Federal Reserve dos EUA pode reiniciar cortes de juros em setembro, o que pode beneficiar moedas da América Latina e aliviar a pressão sobre os bancos centrais da região. A temporada de balanços trouxe resultados mistos, com o Banco do Brasil decepcionando e empresas como Embraer e Marcopolo se destacando positivamente. O fluxo estrangeiro na Bolsa brasileira começou o semestre negativo, refletindo as crescentes tensões comerciais entre Brasil e EUA.