A XP Asset revisou suas projeções para o fundo de debêntures de infraestrutura XPID11, reduzindo a distribuição mensal de R$ 0,60 para R$ 0,50 por cota. Essa mudança se deve à deterioração do fluxo de caixa da Oxi, uma empresa que gera energia a partir de biomassa e que enfrenta sérias dificuldades operacionais. A gestora, que administra mais de R$ 210 bilhões, destaca que mesmo com o risco de inadimplência total da Oxi, o fundo pode manter a distribuição até 2026.
Desde sua criação em 2021, esta é a primeira vez que o fundo enfrenta um impacto significativo relacionado ao crédito. A perda estimada no valor patrimonial é de 13%, com a reprecificação do ativo da Oxi caindo de 88% para 75% do valor de face. Apesar das dificuldades enfrentadas pela Oxi, a XP Asset continua monitorando suas empresas investidas e aplicando provisões conservadoras para garantir a capacidade de distribuição recorrente do fundo.
O portfólio do XPID11 é composto por seis projetos em operação e apresenta um retorno médio atrativo. Embora a Oxi represente o maior risco atual, as demais posições do fundo estão performando conforme o esperado. A gestora permanece otimista quanto à estabilidade das distribuições, mesmo diante das incertezas do mercado e da pressão financeira sobre a Oxi.