O ativista e investidor britânico William Browder, conhecido por sua atuação na aprovação da Lei Magnitsky nos Estados Unidos, manifestou-se sobre as sanções impostas pelo governo de Donald Trump ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em entrevista ao programa Fantástico, transmitida no último domingo (3), Browder afirmou que as sanções não estão relacionadas a violações de direitos humanos, mas sim a questões políticas. Segundo ele, Trump expressou descontentamento com Moraes devido a processos que envolvem o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.
Browder, que se tornou um defensor da Lei Magnitsky após a morte de seu advogado Sergei Magnitsky na Rússia, destacou que a inclusão de Moraes na lista de sanções é um reflexo de uma "caça às bruxas". O governo dos EUA anunciou as sanções em 30 de julho, alegando que Moraes teria utilizado seu cargo para realizar detenções arbitrárias e suprimir a liberdade de expressão, conforme declarado pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent.
Em resposta, Alexandre de Moraes afirmou que ignorará as sanções e criticou aqueles que, segundo ele, tentam interferir nas questões internas do Brasil. Durante a abertura do segundo semestre do Judiciário, Moraes reafirmou seu compromisso com o rito processual e declarou que continuará suas atividades normalmente, sem se deixar influenciar por pressões externas.