Washington Luís, o último presidente da República Velha, foi deposto durante a Revolução de 1930, enquanto se encontrava no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro. A rendição do presidente foi mediada pelo arcebispo Dom Sebastião Leme, que o convenceu a se entregar. Após sua deposição, Washington foi levado do Palácio para o Forte de Copacabana e, em seguida, exilou-se nos Estados Unidos.
Natural de Macaé, no Rio de Janeiro, Washington Luís construiu sua carreira política em São Paulo, onde ocupou cargos como deputado, senador, prefeito e governador. Sua ascensão à presidência em 1926 foi marcada por sua representação paulista, rompendo com a tradicional política do café com leite ao indicar Júlio Prestes como sucessor em 1930, em vez de um candidato mineiro.
Durante seu governo, Washington Luís implementou importantes obras de infraestrutura, como a inauguração da Rodovia Rio-São Paulo em 1928, que reduziu significativamente o tempo de viagem entre as duas capitais. No entanto, sua administração enfrentou a crise do café após a queda da Bolsa de Valores de Nova York, o que culminou em sua deposição no mesmo ano.
Após deixar a vida pública, Washington Luís dedicou-se ao estudo da História até sua morte, em 4 de agosto de 1957, em São Paulo. Seu legado político e suas contribuições para o desenvolvimento do Brasil permanecem relevantes na memória histórica do país.