O vitiligo, uma doença autoimune que afeta cerca de 1 milhão de brasileiros, continua a ser alvo de estigmas sociais, apesar dos avanços na medicina e das discussões sobre diversidade. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a condição não é contagiosa e não representa risco físico, mas impõe desafios emocionais significativos aos afetados, que lidam com manchas brancas na pele. A dermatologista Ivonise Follador destaca que o preconceito e as mudanças na aparência podem agravar o sofrimento psicológico dos pacientes.
O vitiligo se manifesta de duas formas principais: o tipo segmentar, que aparece em uma única região do corpo, e o tipo não segmentar, que se espalha de maneira generalizada. Embora não exista um método comprovado para prevenir a doença, especialistas recomendam evitar ferimentos e a exposição solar excessiva, que podem acelerar o surgimento das manchas. Para o tratamento, opções como fototerapia com radiação ultravioleta B de banda estreita (UVB-nb) e transplante de melanócitos têm mostrado resultados positivos, especialmente em áreas visíveis como o rosto e o tronco.
Casos de vitiligo em celebridades, como o ator Renato Góes, que compartilhou sua experiência desde a infância, têm contribuído para aumentar a conscientização sobre a condição. Além dele, figuras públicas como Luiza Brunet e Winnie Harlow também têm se posicionado contra o preconceito, ajudando a desestigmatizar a doença. Especialistas enfatizam a importância de acompanhamento médico para evitar frustrações e efeitos adversos durante o tratamento, recomendando que os pacientes busquem orientação profissional ao notarem os primeiros sinais da condição.