Durante a V Telcomp, realizada em 19 de agosto, Vicente Aquino, conselheiro da Anatel, destacou o papel crucial das pequenas prestadoras de serviço de conectividade na inclusão digital no Brasil. Segundo ele, essas empresas são fundamentais para levar serviços a áreas que não são atendidas pelas grandes operadoras, especialmente em cidades com menos de 30 mil habitantes. Aquino afirmou que “não podemos falar em competitividade se não tivermos prestadoras de pequeno porte”, enfatizando que elas representam 56% dos acessos fixos de banda larga no país.
O conselheiro também mencionou que as pequenas prestadoras evoluíram de meros provedores para operadoras com espectro próprio, permitindo-lhes competir em pé de igualdade com as grandes empresas do setor. Ele destacou que a Anatel tem trabalhado para fortalecer a participação dessas empresas em licitações de espectro, promovendo um ambiente mais competitivo. Além disso, Aquino defendeu que as agências reguladoras devem ser compostas por técnicos e pessoas com sensibilidade política para melhor atender às demandas do setor.
Com o término de seu mandato previsto para o final deste ano, Aquino ressaltou as conquistas das pequenas prestadoras durante sua gestão na Anatel. Um relatório da agência indica que essas empresas correspondem a 55% dos acessos e 46% da receita de banda larga fixa no Brasil, com uma participação ainda maior na região Nordeste, onde representam entre 70% e 80% da receita. A inclusão digital é um desafio contínuo e as pequenas prestadoras desempenham um papel vital nesse processo.