A vice-presidente de Supervisão do Federal Reserve (Fed), Michelle Bowman, manifestou sua posição a favor de um corte de 25 pontos-base nas taxas de juros dos Estados Unidos durante a reunião realizada na quarta-feira, 30 de agosto. Apesar de sua recomendação, o Comitê Federal de Mercado Aberto optou por manter as taxas inalteradas, citando uma desaceleração econômica e sinais de um mercado de trabalho menos dinâmico.
Em um comunicado divulgado nesta sexta-feira, Bowman destacou que a economia americana demonstrou resiliência na primeira metade do ano, com um mercado de trabalho estável, próximo das condições de pleno emprego. No entanto, ela observou que o crescimento econômico subjacente desacelerou significativamente, o que pode impactar negativamente o mercado de trabalho no futuro.
Bowman também ressaltou que houve avanços na redução da inflação, que busca atingir a meta oficial de 2% estabelecida pelo Fed. Contudo, ela alertou que a falta de ação rápida por parte do banco central pode levar a uma deterioração do mercado de trabalho e a uma desaceleração econômica ainda mais acentuada.
Além de Bowman, o diretor do Fed, Christopher Waller, foi o único outro membro a discordar da decisão de manter as taxas, ambos defendendo a necessidade de um corte de juros para estimular a economia.