No início de agosto, Juliana Maria Teixeira da Costa, vice-prefeita e secretária de Saúde de Ribeira, cidade paulista com pouco mais de 3.100 habitantes, foi denunciada pelo Ministério Público por desvio de R$ 41.200 dos cofres públicos. A quantia teria sido utilizada para pagar um curso relacionado a uma amarração amorosa, envolvendo também outros dois homens em um esquema de corrupção que favorecia uma empresa de consultoria. A ação penal, protocolada em 30 de julho, inclui acusações de associação criminosa, fraude a licitação e peculato.
As investigações revelaram que a empresa contratada, W. F. da Silva Treinamentos, tinha sede em Curitiba e embolsou mais de R$ 4 milhões entre janeiro de 2022 e julho de 2025. O MP afirma que a empresa manipulava licitações e emitiu notas fiscais frias, incluindo uma referente ao pagamento da amarração amorosa. Juliana teria encomendado o serviço para afastar Lauro Olegário da Silva Filho, coordenador de saúde do município, de sua esposa.
Após as denúncias, a Justiça impôs restrições aos acusados, que foram suspensos de seus cargos sem salário. A defesa argumenta que não há provas concretas e acusa a “Mentora Samantha”, que divulgou os pagamentos, de extorsão. O caso aguarda desdobramentos judiciais enquanto os envolvidos tentam reverter as medidas cautelares impostas.