Na última terça-feira, 26 de agosto, vereadores que apoiam o prefeito Sandro Mabel (União Brasil) na Câmara Municipal de Goiânia manifestaram sua insatisfação em relação ao chefe do Executivo. O descontentamento se intensificou após as exonerações de Diogo Franco e Eduardo Trindade, secretários indicados pelos parlamentares, levando alguns deles a devolverem suas indicações ao Paço Municipal. O vereador Luan Alves (MDB) foi o primeiro a abrir mão dos cargos, destacando que a decisão foi tomada para evitar interpretações equivocadas sobre a atuação do grupo político.
Luan, que também é signatário da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Limpa Gyn, afirmou que a exoneração de Diogo Franco foi um erro, mas ressaltou que a nomeação e exoneração são prerrogativas do prefeito. Outros vereadores, como Léo José (Solidariedade), seguiram o exemplo de Luan e também devolveram suas indicações. A CEI, que está em foco, gerou debates acalorados sobre sua condução e possíveis negociações entre os parlamentares e o Executivo.
A oposição ao prefeito Mabel, representada por vereadores como Fabrício Rosa (PT) e Aava Santiago (PSDB), também se articula para garantir espaço na CEI. Rosa afirmou que o PT busca influenciar a comissão, enquanto Aava se comprometeu a investigar questões que possam estar sendo ocultadas pelo prefeito. O clima tenso na Câmara pode resultar em mudanças significativas nas relações políticas em Goiânia, afetando a governabilidade de Mabel.