A Venezuela anunciou, nesta terça-feira, 19, a proibição temporária da compra, venda e operação de drones em seu espaço aéreo, em resposta ao aumento das tensões com os Estados Unidos. O ministro dos Transportes, Ramón Velásquez Araguayán, declarou que a medida visa regular a navegação aérea e terá validade de 30 dias, podendo ser prorrogada. A proibição não se aplica aos órgãos de segurança e defesa do país.
O anúncio ocorre em um contexto de crescente hostilidade entre Caracas e Washington, com o presidente Nicolás Maduro denunciando ameaças dos EUA e anunciando a mobilização de mais de 4,5 milhões de milicianos para a defesa nacional. As milícias foram criadas por Hugo Chávez para auxiliar as Forças Armadas na proteção contra ataques externos e internos. Maduro frequentemente menciona conspirações contra seu governo, embora raramente divulgue os resultados de suas investigações.
A medida sobre os drones será fiscalizada pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), que já exige registro e licenciamento para a operação legal de aeronaves não tripuladas. A falta de licenças tem levado à detenção de indivíduos no passado, refletindo a rigidez do controle governamental sobre o uso do espaço aéreo na Venezuela. A situação continua a evoluir em um cenário geopolítico tenso na região.